Respostas de Bento XVI aos presos da Penitenciária de Rebibbia
Rádio Vaticano, em italiano
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)
Pergunta 1 – situação das prisões italianas
Chamo-me Rocco. Antes de tudo, gostaria de manifestar o nosso e o meu agradecimento pessoal por esta visita que nos é muito apreciada e assume, em um momento tão dramático para os cárceres italianos, um grande conteúdo de solidariedade, humanidade e conforto. Desejo perguntar a Sua Santidade se este seu gesto será compreendido na sua simplicidade, também por nossos políticos e governantes, a fim de que seja restituída aos últimos, incluindo os detentos, a dignidade e a esperança que devem ser reconhecidas a todos os seres viventes. Esperança e dignidade indispensáveis para retomar o caminho rumo a uma vida digna de ser vivida.
Resposta
Obrigado pelas suas palavras. Sinto o seu afeto pelo Santo Padre, e sou comovido por esta amizade que sinto de todos vós. E gostaria de dizer que penso com frequência em vós e rezo sempre por vós, porque sei que estão em uma condição muito difícil que, muitas vezes, ao invés de ajudar a renovar a amizade com Deus e com a humanidade, torna a situação ainda pior, também no íntimo. Venho, sobretudo, para mostrar-vos a minha proximidade pessoal e íntima, na comunhão com Cristo, que vos ama, como disse. Mas certamente esta visita, que desejei ser pessoal a vós, é também um gesto público que lembra aos nossos cidadãos, ao nosso governo, o fato de que há grandes problemas e dificuldades nas prisões italianas. E, certamente, o sentido dessas prisões é precisamente ajudar a justiça, e a justiça implica como primeiro fato a dignidade humana. Portanto, devem ser construídas de tal modo que cresça a dignidade, que seja respeitada a dignidade e vós possais renovar em vós mesmos o sentido de dignidade, a fim de responder melhor a essa vocação íntima. Ouvimos a ministro da Justiça, ouvimos como sente convosco, como sente toda a vossa realidade e, assim, podemos estar confiantes de que nosso governo e os responsáveis farão o possível para melhorar esta situação, para ajudar-vos a encontrar realmente, aqui, uma boa realização de uma justiça que vos ajude a retornar à sociedade com toda a convicção da vossa vocação humana e com todo o respeito que exige a vossa condição humana. Portanto, eu, enquanto posso, gostaria sempre de dar sinais de o quanto é importante que essas prisões respondam ao seu sentido de renovar a dignidade humana e não de atacar essa dignidade, e de melhorar sua condição. E esperamos que o governo tenha a oportunidade e todas as possibilidades de responder a esta vocação. Obrigado.
Pergunta 2 – intercessão pelo sofrimento
Chamo-me Omar. Santo Padre, gostaria de perguntar-lhe um milhão de coisas, que sempre pensei, mas hoje, que posso, torna-se difícil para mim fazer-lhe uma pergunta. Estou emocionado por este evento, pois a sua visita aqui no cárcere é um fato muito forte para nós, detidos cristãos católicos, e, por isso, mais que uma pergunta, prefiro pedir-lhe que leve consigo o nosso sofrimento e o dos nossos familiares, como um cabo elétrico que se comunica com o Senhor Nosso. Amo-te.
Resposta
Também eu te amo, e sou grato por estas palavras, que tocam meu coração. Penso que essa minha visita mostra que eu gostaria de seguir as palavras do Senhor que me tocam sempre, onde diz, como li no meu discurso, no juízo final: " visitastes-me na prisão e era eu que vos esperava". Essa identificação do Senhor com os prisioneiros exige profundamente de nós e eu mesmo devo me perguntar: Agi de acordo com esse imperativo do Senhor? Tive presente essa palavra do Senhor? Essa é uma razão pela qual eu vim, porque sei que o Senhor está esperando por mim em vós, que tendes necessidade desse reconhecimento humano que tendes necessidade dessa presença do Senhor que, no Juízo Final, pergunta-nos exatamente sobre esse ponto e, por isso, espero que sempre mais possa, aqui, ser realizado o verdadeiro propósito dessas penitenciárias, de ajudar a reencontrar a si mesmo, de ajudar e continuar adiante consigo mesmo, na reconciliação consigo mesmo, com os outros, com Deus, para entrar de novo na sociedade e ajudar na progresso da humanidade. O Senhor vos ajudará. Nas minhas orações, estou sempre convosco. Sei que, para mim, é uma obrigação particular rezar por vós, puxá-los, por assim dizer, ao Senhor, no alto, porque o Senhor, através da nossa oração, ajuda a oração, é uma realidade. Exorto também todos a rezar, como um grande cordão, por assim dizer, que vos puxa para o Senhor e nos une entre nós, porque andando rumo ao Senhor somos também ligados entre nós. Estais seguros dessa força da minha oração e convido também os outros a unir-se convosco na oração e, assim, encontrar uma espécie de corda que segue rumo ao Senhor.
Pergunta 3 – retorno à família
Chamo-me Alberto. Santidade, parece-vos justo que, após ter perdido um a um todos os membros da minha família, agora que sou um homem novo, e há um mês papai de uma esplêndida menina de nome Gaia, não me concedam a possibilidade de voltar á casa, apesar de ter amplamente pago a dívida com a sociedade?
Resposta
Antes de tudo, parabéns! Sou feliz porque sois pai, que se considere um homem novo e que tenha uma esplêndida filha: isso é um dom de Deus. Eu, naturalmente, não conheço os detalhes do seu caso, mas espero que o quanto antes possa retornar para a sua família. Vós sabeis que, para a doutrina da Igreja, a família é fundamental, é importante que o pai possa ter a filha em seus braços. E, assim, rezo e espero que o quanto antes possa ter realmente nos braços a sua filha, estar com sua mulher e sua filha para construir uma bela família e, assim, colaborar com o futuro da Itália.
Pergunta 4 – presos são mal-vistos pela sociedade em geral
Santidade, sou Federico, falo em nome das pessoas detidas no G14, que é o setor da enfermaria. O que podem pedir os homens detidos, doentes e soropositivos ao Papa? Ao nosso Papa, já agravado pelo peso de todos os sofrimentos do mundo, pedem que reze por eles? Que lhes perdoe? Que lhes tenha presente no seu grande coração? Sim, é isso que nós queremos pedir, mas, sobretudo, que levasse a nossa voz onde não é ouvida. Estamos ausentes das nossas famílias, mas não na vida, caímos e, nas nossas quedas, fizemos mal aos outros, mas estamos nos levantando.
Pouco se fala de nós, na maioria das vezes de modo tão feroz, como que a querer eliminar-nos da sociedade. Isso faz-nos sentir subumanos. Vós sois o Papa de todos e nós rezamos para que não seja dilacerada a nossa dignidade, juntamente com a liberdade. Para que não seja mais dado assumido que recluso queira dizer excluído para sempre. A sua presença é, para nós, uma honra grandíssima! Os nossos mais queridos votos pelo Santo Natal, a todos.
Resposta
Sim, me haveis dito palavras memoráveis, caímos, mas estamos aqui para reerguer-nos. Isso é importante, essa coragem de levantar-se, de andar adiante com o auxílio do Senhor e com o auxílio de todos os amigos. Vós também dissestes que se fala de modo feroz sobre vós, infelizmente é verdade, mas gostaria de dizer não somente isso, há também outros que falam bem de vós e pensam em vós. Penso na minha pequena família papal – sou circundado por quatro consagradas leigas – e falamos frequentemente sobre esse problema, pois elas têm amigos em diversos cárceres. Recebemos também presentes deles e retribuímos esses dons. Portanto, essa realidade está presente de modo muito positivo na minha família e, penso, em tantas outras. Devemos suportar que alguns falem de modo feroz, falam de modo feroz também contra o Papa e ainda assim seguimos em frente. Parece-me importante encorajar a todos a pensar bem, que tenham o sentido dos vossos sofrimentos, tenham a sensação de ajudar no processo de reerguimento e eu farei a minha parte para convidar a todos a pensar de modo justo, não depreciativo, mas humano, pensando que qualquer um pode cair, mas Deus quer que todos cheguem a Ele. Devemos cooperar com o espírito de fraternidade e de reconhecimento também da própria fragilidade, para que possais realmente vos levantar e seguirdes em frente com dignidade e encontreis sempre respeitada a vossa dignidade, para que cresça e possam, assim, também encontrar a alegria na vida, porque a vida nos é dada pelo Senhor e com a sua ideia. E, se reconhecemos essa ideia do Deus que está conosco, também os passos obscuros têm o seu sentido, para dar-nos mais conhecimento sobre nós mesmos, para ajudar e tornarmo-nos mais nós mesmos, mais filhos de Deus e, assim e realmente, sermos felizes por sermos homens, porque criados por Deus também em diversas condições difíceis. O Senhor vos ajudará e nós estamos próximos a vós.
Pergunta 5 – absolvição dos pecados
Chamo-me Gianni, da Seção G8. Santidade, foi-me ensinado que o Senhor vê e lê o nosso interior. Pergunto-me porque a absolvição foi delegada aos padres? Se eu a pedisse de joelhos, sozinho, dentro de um quarto, dirigindo-me ao Senhor, me absolveria? Ou seria uma absolvição com um valor diferente? Qual seria a diferença?
Resposta
Sim: é uma grande e verdadeira questão aquela que me coloca. Eu diria duas coisas. A primeira: naturalmente, se vos coloca de joelhos e com verdadeiro amor a Deus reza para que Ele vos perdoe, Ele perdoa. Sempre foi Doutrina da Igreja que, se alguém, com verdadeiro arrependimento, isto é, não somente para evitar as penas e dificuldades, mas por amor ao bem, por amor a Deus, pede perdão, recebe o perdão de Deus. Essa é a primeira parte. Se eu realmente reconheço que fiz o mal e se, em mim, é reavivado o amor pelo bem, a vontade do bem, o arrependimento de não ter respondido a esse amor, e peço a Deus, que é o Bem, o perdão, Ele o dá. Mas há um segundo elemento: o pecado não é somente algo "pessoal", individual, entre mim e Deus; o pecado tem sempre também uma dimensão social, horizontal. Com o meu pecado pessoal, no entanto, ainda que ninguém saiba sobre ele, danifiquei também a comunhão com a Igreja, suja a comunhão com a Igreja, suja a humanidade. E, por isso, essa dimensão social, horizontal do pecado, exige que seja absolvido também no nível da comunidade humana, da comunidade da Igreja, quase corporalmente. Então, essa segunda dimensão do pecado, que não é somente contra Deus, mas concerne também a comunidade, exige o sacramento, que é o grande dom em que posso, na confissão, libertar-me disso e posso realmente receber o perdão no sentido também de uma plena readmissão na comunidade da Igreja viva, do Corpo de Cristo. E assim, nesse sentido, a absolvição requerida da parte do sacerdote, o sacramento, não é uma imposição que limita a bondade de Deus, mas, ao contrário, é uma expressão da bondade de Deus, porque me demonstra que também concretamente, na comunhão da Igreja, recebi o perdão e posso recomeçar de novo. Portanto, diria que é preciso manter presentes estas duas dimensões: a vertical, com Deus, e a horizontal, com a comunidade da Igreja e da humanidade. A absolvição do padre, a absolvição sacramental é necessária para, realmente, resolver-me, absolve-me desta prisão do mal e reintegrar-me na vontade de Deus, na óptica de Deus, completamente na sua Igreja, e dar-me a certeza, também quase corpórea, sacramental: Deus me perdoa, recebe-me na comunidade dos seus filhos. Penso que devemos aprender a compreender o sacramento da penitência neste sentido: a possibilidade de encontrar, quase corporalmente, a bondade do Senhor, a certeza da reconciliação.
Pergunta 6 – oração dos pobres
Santidade, chamo-me Nwaihim, seção G11. Santo Padre, no mês passado, esteve em visita pastoral à África, na pequena nação do Benin, uma das nações mais pobres do mundo. Vi a fé e a paixão desses homens por Jesus Cristo. Já vi pessoas sofrerem por causas diversas: racismo, fome, trabalho infantil... Pergunto-vos: eles colocam a esperança e a fé em Deus e morrem em meio à pobreza e violência. Por que Deus não lhes escuta? Será que Deus escuta somente aos ricos e poderosos que, ao contrário, não tem fé? Obrigado, Santo Padre.
Resposta
Deixe-me começar por dizer que fiquei muito feliz em vossa terra; a recepção por parte dos africanos foi muito calorosa, senti essa cordialidade humana que, na Europa, é um pouco obscurecida porque temos tantas outras coisas sobre nosso coração que tornam um pouco mais duro também o coração. Foi uma cordialidade exuberante, por assim dizer; senti também a alegria de viver, e essa foi uma das impressões belas para mim, que, apesar de toda a pobreza e todos os grandes sofrimentos que também vi – cumprimentei leprosos, vítimas da Aids, etc –, há uma alegria de viver uma alegria de ser uma criatura humana, porque há uma consciência original de que Deus é bom e me ama e o homem é ser amado por Deus. Portanto, essa foi para mim, digamos, a impressão preponderante, forte; ver em um país que sofre alegria, mais do que nos países ricos. E isso também me faz pensar que, nos países ricos, a alegria está muitas vezes ausente, estamos todos totalmente ocupados com muitos problemas: como fazer isso, como conservar isso, comprar de novo... E com a massa das coisas que temos, somos cada vez mais afastados de nós mesmos e desta experiência original de que Deus existe e é próximo a mim; e, por isso, diria que ter grande propriedade e ter poder não torna necessariamente alguém feliz, não é o maior presente. Também podem ser, digamos, algo ruim, que me impede de viver verdadeiramente. As medidas de Deus, os critérios de Deus, são diferentes dos nossos, Deus dá também a esses pobres alegria, o reconhecimento da sua presença, faz sentir que é próximo também no sofrimento, dificuldades, e, naturalmente, chama-nos a todos para que façamos todo o possível para sair dessas escuridão das doenças, da pobreza. É tarefa nossa e assim, ao fazer isso, também nós podemos nos tornar mais alegres. Portanto, as duas partes devem completar-se, nós devemos também ajudar para que também a África, esses países pobres, possam encontrar a superação desses problemas, da pobreza, ajudá-los a viver, e que eles possam ajudar-nos a compreender que as coisas materiais não são a última palavra. E devemos rezar a Deus: mostra-nos, ajuda-nos, para que haja justiça, para que todos possam viver na alegria de ser teus filhos!
Um preso lê uma oração
Santidade, chamo-me Stefano, seção G11.
"Oração atrás das grades"
Ó, Deus, dá-me a coragem de chamar-te de Pai.
Sabes que nem sempre chego a pensar em ti com a atenção que mereces.
Tu não te esqueces de mim, mesmo quando vivo distante da luz do teu rosto.
Faze-te próximo, apesar de tudo, apesar do meu pecado, grande ou pequeno, secreto ou público que seja.
Dá-me a paz interior, aquela que somente tu sabes dar.
Dá-me a força de ser verdadeiro, sincero; arranca do meu rosto as máscaras que obscurecem a consciência de que eu tenho valor somente porque sou teu filho. Perdoa as minhas culpas e dá-me ao mesmo tempo a possibilidade de fazer o bem.
Encurta minhas noites de insônia; dá-me a graça da conversão do coração.
Recorda-te, Pai, daqueles que estão fora daqui e que ainda me querem bem, para que, pensando neles, recorde-me que somente o amor dá vida, enquanto o ódio destrói e o rancor transforma em inferno as longas e intermináveis jornadas.
Recorda-te de mim, ó Deus. Amém!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Homilia
25 de dezembro - NATAL DO SENHOR - A LUZ NAS TREVAS
1ª leitura: (Is 9,1-6) Nascimento de um príncipe, luz para o povo nas trevas – No tempo de Isaías, em 732 a.C., a população da Galileia (Zabulon e Neftali) tinha sido deportada para a Assíria, e sua terra é como as sombras da morte. Mas surge uma luz: o nascimento de um filho real. Ele recebe títulos de inimaginável grandeza, exprimindo a confiança colocada nele. A Galileia oprimida torna-se imagem de toda a humanidade, e aquele em quem ela coloca sua esperança deve ser o Salvador de todos. * 9,1-3 cf. Mt 4,13-16; Jo 8,12 * 9,5-6 cf. Is 7,14; Nm 24,7.17; Zc 9,9-10.
2ª leitura: (Tt 2,11-14) Manifestou-se a graça de Deus – Entre a primeira manifestação da graça de Deus em Jesus e a segunda (no fim do tempo), situam-se o tempo da Igreja e a nossa História. Através de nós, o mundo experimentará algo do carinho de Deus. * 2,11-13 cf. Tt 3,4; 1Jo 2,16; 1Tm 1,11; 2Tm 1,10 * 2,14 cf. Sl 130[129],8; Ex 19,5; Ez 37,23; 1Pd 2,9; 3,13.
Evangelho: (Lc 2,1-14) Nascimento de Jesus e anúncio aos pastores – As esperanças messiânicas do A.T. oscilavam entre o surgimento de um novo rei davídico e um agir direto de Deus. No menino de Belém realizam-se ambas as expectativas: o Filho de Davi é Filho de Deus. Céu (anjos) e terra (pastores) o adoram. Ele é “o Senhor”, manifesta a glória de Deus e traz ao mundo a paz (cf. 1ª leitura) * cf. 1Sm 10,1; 16,1-13; Mq 5,1-4; Lc 19,38.
A tradição litúrgica criou três missas para a festa de Natal: a de meia-noite (missa do galo), a da aurora e a do dia. A missa da noite banha no mistério: a luz que brilha na noite (oração do dia, 1ª leitura); a vinda do rei de justiça que surge qual luz para o povo oprimido (1ª leitura); a mensagem do anjo aos mais humildes, os pastores na fria e longa noite do inverno (evangelho).
Nesta atmosfera de mistério, a liturgia desdobra o anúncio do Natal do Messias e salvador, Jesus, filho de Maria e de José e, sobretudo, filho de Deus. A 1ª leitura lembra o nascimento de um príncipe, no tempo de Isaías (700 a.C.), que significa esperança para o povo abalado pelas invasões assírias. O salmo responsorial comenta que tais fatos são a prova de que Deus governa o mundo com justiça e os povos segundo sua fidelidade. A 2ª leitura anuncia o tempo de Cristo como o tempo em que se manifesta a graça (amizade) de Deus, transformando a nossa noite em dia e luz.
O centro da celebração é o evangelho: o anúncio do nascimento do Salvador. Maria e José viajam a Belém, cidade de Davi, ancestral de José, para o recenseamento imposto pelo Império Romano. A criança nasce num abrigo fora do lugar de hospedagem, que já está cheio. A salvação nasce lá onde menos se espera. As primeiras testemunhas, escolhidas por Deus, são os pastores que vivem em meio aos animais, fora da “sociedade”. A eles se dirige a majestosa mensagem da paz messiânica proclamada pelos coros celestiais: “Glória a Deus nas alturas e na terra paz aos que são do agrado de Deus”.
De acordo com o evangelho de Lucas, a pobreza é o lugar da salvação. Deus se manifesta nas trevas da vida humana em seu Filho, que se assemelha aos mais abandonados. Pois Deus quer tornar-se próximo de todos, a começar pelos que menos contam. É isso que se chama graça (palavra chave da 2ª leitura), graça que se manifesta para todos (Tt 2,11). Essa graciosa aproximação de Deus realiza-se pelo que Jesus se assemelha aos que são chamados a serem sua própria gente (Tt 2,14). É o “divino comércio” desta noite, na qual o céu e a terra trocam seus dons, para que possamos participar da filiação divina daquele que assumiu nossa condição humana (oração sobre as oferendas; prefácio de Natal III). Para que esse intercâmbio fosse completo, Deus quis que seu filho assumisse não só a fina flor da sociedade humana, mas suas raízes mais humildes arraigadas na escuridão da terra.
JESUS NASCE POBRE
Sete séculos antes de Cristo, o povo de Israel andava oprimido pelas ameaças dos assírios, que já tinham deportado parte da sua população. Em meio a essas trevas – anuncia o profeta – aparece uma luz: nasce um novo príncipe, portador das esperanças que seus títulos exprimem: “Conselheiro admirável, Deus forte” (1ª leitura). Em Jesus, o significado deste nascimento recebe sua plenitude. Ele nasce como luz para o povo oprimido. Seu nascimento no meio dos pobres é o sinal que Deus dá aos pastores (gente bem pobre), para mostrar que o Messias veio ao mundo (evangelho). No meio das trevas, eles se encontram envoltos em luz...
Celebramos “a aparição da graça de Deus” em Jesus (2ª leitura). A escolha dos pobres como primeiras testemunhas evidencia a gratuidade: nada de aparato oficial. Nós podemos corresponder a esta graça por uma vida digna e pela viva esperança – que se verifica em nossa prática – da plena manifestação da luz gloriosa de Cristo, quando de sua nova vinda. Quem acolhe Jesus no meio dos pobres não precisa ter medo de sua glória...
Reunindo-se em torno do presépio, o povo exprime algo muito importante. Jesus nasceu num estábulo, no meio dos pobres, que foram os primeiros a adorá-lo, porque, para ser o Salvador de todos, tinha que começar pelos mais abandonados. Quem quer ser amigo de todos tem que começar pelos pequenos, pois, se começa com os grandes, nunca chega até os pequenos. A devoção popular do presépio merece valorização e aprofundamento, e não podemos permitir que ela degenere em algo puramente comercial. À luz do presépio, solidariedade com Cristo significa solidariedade com os pobres. Viver uma vida “digna” (de Cristo) não significa elitismo, mas solidariedade em que se manifestam a graça e a bondade de Deus para todos. (cf. Pe. Jaldemir Vitório SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor e Reitor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE).
1ª leitura: (Is 9,1-6) Nascimento de um príncipe, luz para o povo nas trevas – No tempo de Isaías, em 732 a.C., a população da Galileia (Zabulon e Neftali) tinha sido deportada para a Assíria, e sua terra é como as sombras da morte. Mas surge uma luz: o nascimento de um filho real. Ele recebe títulos de inimaginável grandeza, exprimindo a confiança colocada nele. A Galileia oprimida torna-se imagem de toda a humanidade, e aquele em quem ela coloca sua esperança deve ser o Salvador de todos. * 9,1-3 cf. Mt 4,13-16; Jo 8,12 * 9,5-6 cf. Is 7,14; Nm 24,7.17; Zc 9,9-10.
2ª leitura: (Tt 2,11-14) Manifestou-se a graça de Deus – Entre a primeira manifestação da graça de Deus em Jesus e a segunda (no fim do tempo), situam-se o tempo da Igreja e a nossa História. Através de nós, o mundo experimentará algo do carinho de Deus. * 2,11-13 cf. Tt 3,4; 1Jo 2,16; 1Tm 1,11; 2Tm 1,10 * 2,14 cf. Sl 130[129],8; Ex 19,5; Ez 37,23; 1Pd 2,9; 3,13.
Evangelho: (Lc 2,1-14) Nascimento de Jesus e anúncio aos pastores – As esperanças messiânicas do A.T. oscilavam entre o surgimento de um novo rei davídico e um agir direto de Deus. No menino de Belém realizam-se ambas as expectativas: o Filho de Davi é Filho de Deus. Céu (anjos) e terra (pastores) o adoram. Ele é “o Senhor”, manifesta a glória de Deus e traz ao mundo a paz (cf. 1ª leitura) * cf. 1Sm 10,1; 16,1-13; Mq 5,1-4; Lc 19,38.
A tradição litúrgica criou três missas para a festa de Natal: a de meia-noite (missa do galo), a da aurora e a do dia. A missa da noite banha no mistério: a luz que brilha na noite (oração do dia, 1ª leitura); a vinda do rei de justiça que surge qual luz para o povo oprimido (1ª leitura); a mensagem do anjo aos mais humildes, os pastores na fria e longa noite do inverno (evangelho).
Nesta atmosfera de mistério, a liturgia desdobra o anúncio do Natal do Messias e salvador, Jesus, filho de Maria e de José e, sobretudo, filho de Deus. A 1ª leitura lembra o nascimento de um príncipe, no tempo de Isaías (700 a.C.), que significa esperança para o povo abalado pelas invasões assírias. O salmo responsorial comenta que tais fatos são a prova de que Deus governa o mundo com justiça e os povos segundo sua fidelidade. A 2ª leitura anuncia o tempo de Cristo como o tempo em que se manifesta a graça (amizade) de Deus, transformando a nossa noite em dia e luz.
O centro da celebração é o evangelho: o anúncio do nascimento do Salvador. Maria e José viajam a Belém, cidade de Davi, ancestral de José, para o recenseamento imposto pelo Império Romano. A criança nasce num abrigo fora do lugar de hospedagem, que já está cheio. A salvação nasce lá onde menos se espera. As primeiras testemunhas, escolhidas por Deus, são os pastores que vivem em meio aos animais, fora da “sociedade”. A eles se dirige a majestosa mensagem da paz messiânica proclamada pelos coros celestiais: “Glória a Deus nas alturas e na terra paz aos que são do agrado de Deus”.
De acordo com o evangelho de Lucas, a pobreza é o lugar da salvação. Deus se manifesta nas trevas da vida humana em seu Filho, que se assemelha aos mais abandonados. Pois Deus quer tornar-se próximo de todos, a começar pelos que menos contam. É isso que se chama graça (palavra chave da 2ª leitura), graça que se manifesta para todos (Tt 2,11). Essa graciosa aproximação de Deus realiza-se pelo que Jesus se assemelha aos que são chamados a serem sua própria gente (Tt 2,14). É o “divino comércio” desta noite, na qual o céu e a terra trocam seus dons, para que possamos participar da filiação divina daquele que assumiu nossa condição humana (oração sobre as oferendas; prefácio de Natal III). Para que esse intercâmbio fosse completo, Deus quis que seu filho assumisse não só a fina flor da sociedade humana, mas suas raízes mais humildes arraigadas na escuridão da terra.
JESUS NASCE POBRE
Sete séculos antes de Cristo, o povo de Israel andava oprimido pelas ameaças dos assírios, que já tinham deportado parte da sua população. Em meio a essas trevas – anuncia o profeta – aparece uma luz: nasce um novo príncipe, portador das esperanças que seus títulos exprimem: “Conselheiro admirável, Deus forte” (1ª leitura). Em Jesus, o significado deste nascimento recebe sua plenitude. Ele nasce como luz para o povo oprimido. Seu nascimento no meio dos pobres é o sinal que Deus dá aos pastores (gente bem pobre), para mostrar que o Messias veio ao mundo (evangelho). No meio das trevas, eles se encontram envoltos em luz...
Celebramos “a aparição da graça de Deus” em Jesus (2ª leitura). A escolha dos pobres como primeiras testemunhas evidencia a gratuidade: nada de aparato oficial. Nós podemos corresponder a esta graça por uma vida digna e pela viva esperança – que se verifica em nossa prática – da plena manifestação da luz gloriosa de Cristo, quando de sua nova vinda. Quem acolhe Jesus no meio dos pobres não precisa ter medo de sua glória...
Reunindo-se em torno do presépio, o povo exprime algo muito importante. Jesus nasceu num estábulo, no meio dos pobres, que foram os primeiros a adorá-lo, porque, para ser o Salvador de todos, tinha que começar pelos mais abandonados. Quem quer ser amigo de todos tem que começar pelos pequenos, pois, se começa com os grandes, nunca chega até os pequenos. A devoção popular do presépio merece valorização e aprofundamento, e não podemos permitir que ela degenere em algo puramente comercial. À luz do presépio, solidariedade com Cristo significa solidariedade com os pobres. Viver uma vida “digna” (de Cristo) não significa elitismo, mas solidariedade em que se manifestam a graça e a bondade de Deus para todos. (cf. Pe. Jaldemir Vitório SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor e Reitor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE).
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Jesus do século XXI
Jesus, um mestre desafiador - Rodrigo Stankevicz
Jesus Cristo realmente trouxe uma nova visão para os conceitos humanos. Quebrou nossos paradigmas e padrões. Depois do Filho de Deus, nem o senso comum pode ser visto da mesma forma.
A São Paulo, após sua conversão, só restou dizer: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura” (cf. II Cor 5, 17). Tudo se faz novo, um novo olhar nasce a partir do encontro com o Senhor. Ninguém, na história da Bíblia, saiu da presença de Jesus da mesma forma, pois sempre algum desafio era lançado para a pessoa atraída por Cristo, além da transformação natural provocada pela força de Sua presença. Contudo, o mais interessante é que Jesus continua desafiando e atraindo as pessoas para Ele.
Gente humilde, de bom coração, que busca viver de um modo coerente, procurando sempre a verdade. Às pessoas assim, Deus tende a revelar-se.
Nosso Mestre, ainda hoje, traz um modo de viver diferente, capaz de dar sentido à vida, curar relacionamentos e ensinar o servir com gratuidade.
No relato do Evangelho, vemos vários exemplos que mudam os costumes e redimensionam as pessoas a uma releitura do modo com que vivemos. Em São Mateus 5, 44, Jesus nos impele: “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem.” Uma nova perspectiva surge com esse mandato.
O desafio está em superar o orgulho e a vaidade. Não basta amar e orar pelos nossos, isso todos fazem; o novo conceito é ir além, ao encontro do outro, amar aqueles que, aos nossos olhos, não merecem atos de caridade; amar quem não nos ama. Isto é revolução no pensamento, transformação do senso comum do homem de todos os tempos. Serviu para as pessoas daquela época, serve também para os homens de boa vontade de nossa época.
Todavia, aos que não se contentam com o ordinário, característica própria da juventude, nosso Senhor lança desafios ainda maiores. Continuamos em São Mateus, agora capítulo 19, 21 e 22. Um jovem procura pelo bom Mestre, ávido por algo profundo. No entanto, não tem coragem o suficiente para encarar o desafio ao qual Jesus lhe propõe: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens”.
“não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais” Beato João Paulo II
Com isso, vemos que Cristo tem um intento para cada um de nós, e cada pessoa humana é vista de um modo muito particular por Ele. Foi o caso do jovem rico. Jesus tinha um plano a altura da profundidade do coração daquele jovem, porém, o moço, entristecido, não correspondeu ao chamado do Senhor.
Isto frequentemente acontece conosco. Jesus tem grandes projetos a nosso respeito, no entanto, nem sempre somos audaciosos nos caminhos desejados por Deus. Às vezes, vacilamos, pensamos muito pequeno, nossa visão se limita às coisas da terra. Apegados aos nossos bens terrenos, muitas vezes em nós mesmos, preferimos seguir tristes a aderir ao plano de Deus para nossa vida.
No Evangelho sinóptico de São Lucas, Jesus segue nos admoestando: “E se fazeis bem aos que vos fazem bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores” (cf. Lucas 6,33). Sendo assim, conseguimos compreender que Jesus não nos quer igual a todos, tendo em mente que não somos melhores, mas chamamos a atitudes diferentes. Cristo Jesus nos convoca a viver uma verdadeira gratuidade em nosso doar-se. Nossas ações precisam ser movidas de compaixão e misericórdia. Servir sem nada esperar.
Como as palavras de Cristo continuam atuais! Percebemos isso com o avanço do capitalismo. Tudo precisa gerar lucro, “tempo é dinheiro”, porém isso fica a cabo dos outros, porque a nós cristãos cabe sermos livres de recompensas.
Viver esta proposta é remar contra a correnteza. E quem disse que Jesus não quis isto? O belo de Jesus é esta provocação, porque Ele sabe que o coração do homem precisa de desafios, de sentido, de ser como todo mundo entedia. Observamos isso ao longo da história. Quantos homens foram tocados e instigados a viver de um modo diferente! Temos a vida dos santos que foram conquistados por Jesus e souberam fazer a leitura da proposta de Cristo. Deste modo, a vida dessas pessoas servem de modelo para nós, pois viveram na carne esta experiência do encontro com o Senhor, responderam positivamente ao chamado de Deus. Se eles conseguiram, porque nós não iríamos conseguir também?
O Beato João Paulo II foi um desses grandes homens que marcaram a história da humanidade. Ele nos incita com belas palavras: “não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais”. É isto que Jesus quer de nós, altos ideais, juntamente com uma vida instigante.
Jesus Cristo realmente trouxe uma nova visão para os conceitos humanos. Quebrou nossos paradigmas e padrões. Depois do Filho de Deus, nem o senso comum pode ser visto da mesma forma.
A São Paulo, após sua conversão, só restou dizer: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura” (cf. II Cor 5, 17). Tudo se faz novo, um novo olhar nasce a partir do encontro com o Senhor. Ninguém, na história da Bíblia, saiu da presença de Jesus da mesma forma, pois sempre algum desafio era lançado para a pessoa atraída por Cristo, além da transformação natural provocada pela força de Sua presença. Contudo, o mais interessante é que Jesus continua desafiando e atraindo as pessoas para Ele.
Gente humilde, de bom coração, que busca viver de um modo coerente, procurando sempre a verdade. Às pessoas assim, Deus tende a revelar-se.
Nosso Mestre, ainda hoje, traz um modo de viver diferente, capaz de dar sentido à vida, curar relacionamentos e ensinar o servir com gratuidade.
No relato do Evangelho, vemos vários exemplos que mudam os costumes e redimensionam as pessoas a uma releitura do modo com que vivemos. Em São Mateus 5, 44, Jesus nos impele: “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem.” Uma nova perspectiva surge com esse mandato.
O desafio está em superar o orgulho e a vaidade. Não basta amar e orar pelos nossos, isso todos fazem; o novo conceito é ir além, ao encontro do outro, amar aqueles que, aos nossos olhos, não merecem atos de caridade; amar quem não nos ama. Isto é revolução no pensamento, transformação do senso comum do homem de todos os tempos. Serviu para as pessoas daquela época, serve também para os homens de boa vontade de nossa época.
Todavia, aos que não se contentam com o ordinário, característica própria da juventude, nosso Senhor lança desafios ainda maiores. Continuamos em São Mateus, agora capítulo 19, 21 e 22. Um jovem procura pelo bom Mestre, ávido por algo profundo. No entanto, não tem coragem o suficiente para encarar o desafio ao qual Jesus lhe propõe: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens”.
“não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais” Beato João Paulo II
Com isso, vemos que Cristo tem um intento para cada um de nós, e cada pessoa humana é vista de um modo muito particular por Ele. Foi o caso do jovem rico. Jesus tinha um plano a altura da profundidade do coração daquele jovem, porém, o moço, entristecido, não correspondeu ao chamado do Senhor.
Isto frequentemente acontece conosco. Jesus tem grandes projetos a nosso respeito, no entanto, nem sempre somos audaciosos nos caminhos desejados por Deus. Às vezes, vacilamos, pensamos muito pequeno, nossa visão se limita às coisas da terra. Apegados aos nossos bens terrenos, muitas vezes em nós mesmos, preferimos seguir tristes a aderir ao plano de Deus para nossa vida.
No Evangelho sinóptico de São Lucas, Jesus segue nos admoestando: “E se fazeis bem aos que vos fazem bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores” (cf. Lucas 6,33). Sendo assim, conseguimos compreender que Jesus não nos quer igual a todos, tendo em mente que não somos melhores, mas chamamos a atitudes diferentes. Cristo Jesus nos convoca a viver uma verdadeira gratuidade em nosso doar-se. Nossas ações precisam ser movidas de compaixão e misericórdia. Servir sem nada esperar.
Como as palavras de Cristo continuam atuais! Percebemos isso com o avanço do capitalismo. Tudo precisa gerar lucro, “tempo é dinheiro”, porém isso fica a cabo dos outros, porque a nós cristãos cabe sermos livres de recompensas.
Viver esta proposta é remar contra a correnteza. E quem disse que Jesus não quis isto? O belo de Jesus é esta provocação, porque Ele sabe que o coração do homem precisa de desafios, de sentido, de ser como todo mundo entedia. Observamos isso ao longo da história. Quantos homens foram tocados e instigados a viver de um modo diferente! Temos a vida dos santos que foram conquistados por Jesus e souberam fazer a leitura da proposta de Cristo. Deste modo, a vida dessas pessoas servem de modelo para nós, pois viveram na carne esta experiência do encontro com o Senhor, responderam positivamente ao chamado de Deus. Se eles conseguiram, porque nós não iríamos conseguir também?
O Beato João Paulo II foi um desses grandes homens que marcaram a história da humanidade. Ele nos incita com belas palavras: “não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais”. É isto que Jesus quer de nós, altos ideais, juntamente com uma vida instigante.
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